sexta-feira, 31 de julho de 2009

Internet é novamente a mídia que mais cresce


Em comparação com os cinco primeiros meses de 2008, a internet foi o destaque da mais recente pesquisa do Projeto Inter-Meios ao crescer 23,85% no faturamento. Se no ramo digital a notícia boa, para os impressos ela é mais desanimadora. Juntos, jornais e revistas caíram 16%, 9,48% e 7,37%, respectivamente.
O faturamento total da mídia com propaganda teve alta tímida de 1,72% e atingiu R$ 7,824 bilhões. A retração foi registrada em maio, momento em que o mercado encolheu 1,15%. Com o aumento no meio online, a internet repete o sucesso de últimos anos e novamente é a mídia que mais cresce. O meio atingiu R$ 309 milhões nos cinco primeiros meses deste ano. Mesmo com o resultado, a participação da web no bolo publicitário é de 3,95%.
Com 13,18%, mídia exterior foi o segundo segmento na lista dos que mais cresceram, o que totalizou R$ 248 milhões e participação de 3,17%. A TV por assinatura cresceu 6,39% em relação ao período de 2008 e alcançou R$ 256 milhões, com fatia de 3,27% do bolo total. Cinema também obteve melhora: subiu 5,91% e faturou R$ 26,7 milhões e share de 0,34%. Rádio teve alta de 4,96%, com um total de R$ 355 milhões e share de 4,54%, enquanto a TV aberta cresceu 4,64% e atingiu 4,7 bilhões, com share de 60,11%.
Pior que 2008
Para os veículos impressos, o resultado é mais amargo. Conforme já citado, jornais perderam faturamento e o montante caiu para R$ 1,2 bilhão, sendo que a participação no bolo passou para 15,76%. As revistas despencaram e chegaram a R$ 555 milhões e participação de 7,09%.
O segmento de Guias e listas decaiu 15,32% e baixou faturamento para R$ 139 milhões, participação de apenas 1,77%.
As informações são do MM Online.


quinta-feira, 30 de julho de 2009

E-book de otimização de sites em 40 idiomas

Pessoal,

o google disponibiliza um e-book de iniciação em SEO em 40 idiomas. Basta clicar no link abaixo:

http://googlewebmastercentral.blogspot.com/2008/11/googles-seo-starter-guide.html

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Como as pessoas compartilham conteúdo na web

Confira, abaixo, o chart que mostra quais são os serviços e as redes sociais que os usuários de web preferem para compartilhar conteúdo.


As informações foram divulgadas no Silicon Alley Insider a partir do levantamento realizado pela empresa AddToAny.

Fonte: http://hsm.updateordie.com/hsm.updateordie.com/internet/2009/07/como-as-pessoas-compartilham-conteudo-na-web/

terça-feira, 28 de julho de 2009

Networking em redes sociais


É estar antenado às novidades e às tendências de mercado para se atualizar ao que acontece e fazer novos contatos. Antes da revolução da internet, os únicos meios de fazer esse relacionamento eram por meio de visitas, almoços, cartas e feiras de negócios, métodos necessários ainda hoje, mas que demandam muito tempo e nem sempre são viáveis.

Os meios de comunicação eletrônicos revolucionaram o modo com que as pessoas se relacionam e constroem suas listas de contatos. Hoje muitos profissionais e executivos aderem às novas redes sociais online graças à facilidade do uso, a rapidez e à instantaneidade. Por esses motivos, ferramentas como o Twitter e o LinkedIn, por exemplo, deram certo e hoje fazem tanto sucesso.

Para a conquista de uma oportunidade de emprego, nada melhor mesmo que um bom networking. O microblog Twitter é cada vez mais utilizado para este fim. Portais de recrutamento agora o utilizam para divulgação de vagas e os seguidores economizam tempo, pois as recebem em sua página principal em tempo real. Já o LinkedIn é utilizado exclusivamente para fins profissionais e tem a finalidade de permitir a troca de experiências, a atualização dos acontecimentos do mercado e a interação sobre novas práticas de empresas.

Além disso, uma novidade que, pouco a pouco, toma conta do mercado são as redes colaborativas, que conectam o empregador aos candidatos que estão em busca de uma oportunidade de emprego. Há alguns anos as empresas eram acostumadas a receber pilhas de currículos e demoravam muito tempo para filtrá-los. Hoje as ferramentas da internet e do computador fazem isso em segundos. É muita facilidade e possibilidade de integração.

Esses são apenas alguns exemplos das muitas possibilidades de interação. O que mudou com a ascensão da internet foi que ela trouxe uma maneira muito mais rápida, prática e assertiva de realizar contatos. Basicamente, o acesso a informação se tornou muito mais democrático. Mas é importante ressaltar que não podemos esquecer-nos completamente do contato pessoal e que a internet e qualquer outra ferramenta de comunicação deve ser usada como um facilitador para esse tipo de contato e não como um substituto.

Se utilizados corretamente, os meios de comunicação online e as redes sociais podem ser ótimas ferramentas de apoio ao profissional para conquistar espaço no mercado de trabalho, por meio de outras pessoas que já estão lá, além de divulgar o seu potencial e as competências a quem precisa saber da sua existência. Tenha bom senso e aproveite o que a internet oferece ao seu favor.

Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/networking_em_redes_sociais_voce_acompanha_essa_tendencia/24836/

Desafios para a internet


Somos já nesta metade do ano de 2009 mais de 64 milhões de internautas brasileiros, segundo o Nielsen Online e ComScore, confirmando a dimensão dos 68,5 milhões de internautas estimados pelo IAB Brasil até o final do ano. Mesmo sem contabilizar as crianças e adolescentes até 15 anos, são números que oficialmente nos dão uma dimensão segura e concreta do meio nos colocando na quinta posição do ranking mundial só atrás de China, Estados Unidos, Japão e Índia (Internet World Stats).
Logicamente esses números absolutos correspondem a pouco mais de um terço da nossa população, fração que pode ter um duplo sentido, seguindo a visão popular do copo meio vazio ou meio cheio.

Mas em ambas se desenha um cenário positivo, pois o vazio pode corresponder a um potencial de audiência que deve ser preenchido a curto e médio prazo e o cheio já é uma realidade, capaz de gerar resultados efetivos em comunicação e publicidade, seja individualmente ou no conjunto com outros meios.

Retratada nesse sentido através de estudos como TGI ou EGM da Ipsos, a internet já é maior do que os meios seletivos como TV paga ou revistas e vai se aproximando aos poucos dos níveis alcançados pelos meios eletrônicos.

Mas quais fenômenos se movimentam por trás desta evolução, desafiando o conhecimento e atuação dos profissionais de pesquisa, publicidade e de marketing daqui para frente?

O primeiro entendimento consiste em saber quem é de fato este nosso internauta brasileiro que fica na frente do computador 25 horas por mês, mais do que qualquer outro no resto do planeta. É amplamente comentada a participação cada vez maior das classes C e D, promovendo finalmente a internet à categoria de meio de massa.

No entanto, um olhar mais atento e as próprias pesquisas nos apontam também a entrada de outros segmentos, remodelando sensivelmente a cara da nossa audiência. Sem esquecer as crianças e os jovens que se conectam cada vez mais cedo – parecem que já nascem digitando – públicos antes ausentes como as mulheres donas de casa e os adultos mais maduros estão alterando o perfil do meio, não só do ponto de vista demográfico, mas a partir dos seus diversos níveis de afinidade com a própria tecnologia.

Um público cada vez mais distante daquela primeira leva de internautas que se diferenciava tão radicalmente das pessoas comuns.

Mas é justamente contemplando este público, agora tão mais próximo da nossa própria população, que devemos compreender outros fenômenos do nosso tempo como o Multitask, a tão celebrada necessidade de produzir e realizar milhares de atividades ao mesmo tempo ou a convergência dos meios, termo que resume, mas ainda não consegue explicar ao certo, toda essa profusão, interação e migração dos meios para as mais diversas formas de comunicação atual.

E neste nível se configura urgente outro estágio de discussão – a do CrossMedia – nos transportando, por sua vez, para os mais diversos cenários de estudo, mesmo porque se trata de uma tendência multifacetada e dinâmica, por onde todas as experiências de mercado tangenciam de alguma forma.

É bom lembrar que um dos conceitos mais usuais de CrossMedia não nasceu propriamente na era tecnológica, pois os meios tradicionais sempre buscaram compreender tecnicamente a força das combinações de multimídia.

A chegada da internet instiga ainda mais este tipo de análise, com expectativas em torno do que significa a inclusão da internet em um plano de comunicação tradicional, seja nos resultados de audiência ou nos efeitos mercadológicos posteriores.

Já outra faceta do CrossMedia destaca a convergência dos meios tradicionais para o ambiente online, onde continuam a crescer e complementar suas audiências. Forma-se um segundo patamar mais específico com igual importância para o acompanhamento das tendências.

O fluxo inverso nos remete a um terceiro ângulo de Cross Media, onde a internet rompe as suas próprias fronteiras iniciais, saindo da tela dos computadores para chegar às telas dos celulares, televisores etc..., instituindo cada vez mais a portabilidade e a mobilidade como os novos pilares da comunicação integrada.

Entender e relacionar todos estes pontos de contato adequadamente a cada foco mercadológico será o caminho mais efetivo para potencializar esta nova realidade.



Por Katsura Nakamura Eguti (gerente de pesquisa do Yahoo! Brasil)
Fonte: PropMark (www.propmark.com.br)

O Google poderia ter sido brasileiro


A história do Google começou em 1996, como resultado de um projeto de Larry Page para a Universidade de Stanford. Em 1999, (ainda um projeto e não uma empresa) recebeu investimentos de 25 milhões vindos do fundador da Sun Microsystems. Finalmente, em 4 de setembro de 2001, foi registrada a patente do sistema de busca que tornou-se um sucesso mundial.

Essa rápida introdução serve apenas para situar você, leitor, numa cronologia do início do Google, porque meu assunto aqui não é o Google-que você-conhece, mas sim o Google que poderia ter sido.

Há nove anos, a agência para a qual eu trabalhava foi contatada por uma start-up para cuidar da sua comunicação. Talvez você não se lembre, mas em 2000 ainda vivíamos a internet pré-estouro da bolha, (e o mundo pré-11 de setembro) e todo mundo envolvido com internet acreditava, mesmo, que poderia amanhecer milionário qualquer dia desses. Talvez hoje você ache graça nisso, mas acredite, aqueles eram os tempos. Tempos, inclusive, nos quais a patente do Google ainda não estava registrada e assegurada.

Pois bem, fomos procurados por esta start-up que tinha um projeto fantástico, baseado nos algoritmos criados por um programador brasileiro. O que eles pretendiam fazer, entre outras coisas, era uma incrível “indexação” da internet. Sim, no início nós achamos que os caras estavam completamente loucos. E depois de vermos tudo que eles tinham – e todo o dinheiro que estavam recebendo de investidores interessados em fazer aquilo acontecer – começamos a achar que nós estávamos mesmo loucos – por não estarmos naquele negócio!

Eles tinham um investidor bastante generoso, que os colocou num andar inteiro num dos prédios mais modernos da Vila Olímpia, com a conexão mais rápida do país àquela altura. Eles vieram até a agência e explicaram tudo – aliás, muito mais do que a gente conseguia entender – para que nós pudéssemos começara a criar a comunicação – o nome da empresa, a marca, o conceito geral. A primeira reunião durou várias horas, até porque, não era simples entender a extensão do que eles pretendiam. Depois dessa grande reunião inicial, começamos a trabalhar.

Alguns dias depois, recebemos outro telefonema do nosso cliente start-up: ele queria rever algumas coisas no briefing. Acontece, explicaram eles, que ali as coisas aconteciam muito, muito depressa. E nos últimos dias eles tinham decidido mudar o direcionamento das coisas para tornar ainda maiores as perspectivas da empresa. E lá fomos nós de novo, pegar o segundo briefing em duas semanas. Que mudava inclusive a definição de público-alvo e o mercado de atuação da empresa, tornando tudo ainda maior e mais rentável.

Muito bem, voltamos ao trabalho depois desta segunda reunião, que durou umas quatro horas. Uma semana depois, fomos apresentar nossas idéias. Antes mesmo que pudéssemos começar, eles já nos avisaram, de um modo ético e preocupado: “Olha, antes de ver o que vocês têm pra nós, já temos que avisar que mudou muita coisa desde que falamos. Vamos ver o trabalho de vocês, mas de qualquer modo, vamos precisar de muitos ajustes porque mudou quase tudo”.

Bem, acho que neste ponto você já adivinhou o que aconteceu depois: pelos próximos quatro meses nós criamos nomes, marcas, conceitos, folders e roteiros de filmes. Quinzenalmente, aprestávamos novas visões que deveriam traduzir a grandeza do que a empresa estava fazendo. Em cada uma das reuniões, conhecíamos novos planos, cada vez mais complexos e ambiciosos. Uma das últimas apresentações que fizemos aconteceu na sede da empresa, onde em seguida houve uma festa para comemorar o início do funcionamento da versão de teste da tecnologia na qual eles estavam trabalhando durante esses quatro meses.

Testes internos, apenas, nada para o mercado, ainda. Durante a festa, houve discursos animadíssimos dos diretores. O investidor não estava lá, mas mandou lembranças: mais precisamente, duas lembranças, sob a forma de automóveis zero quilômetro, um para o criador do software, outro para o diretor de marketing (eu avisei: aqueles eram os tempos!).

Para resumir: a tecnologia deles era, mesmo fantástica e me lembra até hoje muito do que o Google vem fazendo. Eles tinham isso nas mãos antes da patente do sistema do Google. Mas eles não conseguiram decidir por um plano de ação! Não conseguiram definir uma estratégia única. Não conseguiram fechar o foco e colocar algo no mercado. Se você se lembra do início do Google, ele era “apenas” um sistema de busca mais eficiente. Hoje, é também um sistema de mapas, planilhas, agenda e outros aplicativos excelentes baseados em informação na web. E essa foi exatamente a diferença.

Acredito que muito mais do que estar baseado no Brasil, enquanto o Google estava baseado em Stanford; foi a decisão de dar uma forma simples, “é um mecanismo de busca – melhor que os outros” que fez a diferença entre o Google que nós usamos hoje e o Google-que–poderia-ter-sido. Poderia ter sido brasileiro. Se tivesse havido foco, decisão. Simplificação. Se houvesse sido lançado, mesmo que ainda não fosse perfeito. Porque as pessoas iriam começar a usar. E ele passaria a existir.

Porque inovação é resultado, é face pública, é o que as pessoas vêem e usam. O Google deixou de ser um projeto da Universidade de Stanford e virou um produto e uma grande companhia porque se tornou, rapidamente, um produto inovador e melhor que os outros – e tudo isso aconteceu porque ele foi colocado na web – no mercado, por assim dizer.

O que aconteceu com a empresa start-up? Ela seguiu pesquisando e aperfeiçoando seu incrível produto por mais e mais meses. Eventualmente, ela aprovou um dos nomes e logotipos que criamos e imprimiu cartões de visita. Mas o tempo foi fatal: veio o estouro da bolha da internet. Os investidores encolheram. O capital de risco desapareceu. A falta de capital obrigou o desmantelamento da equipe e eliminou os investimentos destinados a divulgar a novidade. E no fim, o produto nunca foi lançado. Enquanto isso, em Stanford, Larry Page recebeu a patente do sistema Google. E o mundo das buscas on-line nunca mais foi o mesmo.



Por Paulo Ferreira (publicitário, escritor, roteirista, músico e compositor, atua como consultor especialista em Gestão Estratégica de Negócios. E-mail: paulo.ferreira@wasaby.com.br)
HSM Online

Fonte: http://br.hsmglobal.com/notas/53588-o-google-poderia-ter-sido-brasileiro

A importância de decidir se a estratégia digital deve preferir a audiência ou a qualificação.


Desde que trabalho com mídia digital vejo os mesmos questionamentos quando um cliente deseja veicular uma campanha no meio digital. O meio evoluiu, extrapolando a internet e passando a incluir, aos poucos, a mobilidade. Mas os anunciantes ainda não acompanharam essas mudanças, como podemos ver por alguns fatores específicos.

O mais forte desses fatores é o financeiro: já escutei diversas vezes que não se investe tanto em internet, pois o retorno é menor. Hummm, não concordo com isso e acho, inclusive, que é uma observação viciada e equivocada. A internet brasileira, hoje, já tem mais de 62 milhões de usuários, o que a torna definitivamente uma mídia de alta cobertura. Estes milhões de usuários visitam sites e canais diferentes, buscando conteúdos, comprando produtos, procurando serviços específicos que o meio digital trouxe para facilitar a sua vida, como ir ao banco, comprar, paquerar, se atualizar, viajar, jogar, ouvir, comunicar e interagir.

No entanto, a verba destinada para as campanhas digitais ainda está longe de remunerar adequadamente os veículos que oferecem esses conteúdos e serviços, tornando a relação desequilibrada para o lado dos anunciantes. Se formos pensar direito e racionalmente, sabemos que há blogs com uma audiência muito maior que grandes jornais de circulação nacional. E não estou falando dos portais. Muitas vezes, um blog é um site vertical que atinge um grande número de leitores diariamente.

No Brasil, o share para mídia digital não atingiu ainda os 4% do total investido em publicidade, enquanto nos Estados Unidos já supera os 10% com previsão de chegar a 15% em 2013 e, na Inglaterra, já representa 20% com previsão de chegar aos 25% até 2013.

Há também as Ad Networks, que concentram diversos sites verticais e têm um alcance bem maior, pois apresentam a soma não duplicada de vários sites e audiência dentro de um target específico.

Existe um desafio grande, sempre grande, de mostrar aos mídias o diferencial de um portal, de uma ad network, de um blog ou de um site vertical. A defesa tem que ser sempre muito bem feita, pois, além de convencer o mídia do valor do conteúdo, este tem que convencer o anunciante. Porque, no fim, o argumento é que é mais fácil concentrar a verba nos portais, simplesmente para facilitar o trabalho e evitar muitos questionamentos.

Mas relembro que os mídias normalmente levam em consideração alguns fatores para decidirem onde veicularão as suas campanhas: Audiência, Qualidade Editorial, Target e “Visual” do site. Os portais facilitam em muito seu trabalho, por já serem conhecidos e terem uma audiência constante. Mas eles se esquecem dos verticais e das AdNetworks, que concentram uma grande parte da audiência qualificada e segmentada, facilitando assim a otimização das verbas dos anunciantes.

As AdNetworks, especificamente, apresentam vários diferenciais que ainda não foram totalmente percebidos pela maioria dos mídias brasileiros: são segmentadas, oferecem uma audiência cativa e qualificada na busca por informações e tendem a reagir melhor à publicidade quando esta é bem direcionada, dentro do contexto do conteúdo. Isso, falei de contexto agora e esse é só o começo. Nos Estados Unidos, as Ad Networks já representam um volume considerável dentro do mix de comunicação digital, chegando a 14% do valor total investido online no País. Trata-se de um volume representativo, enquanto no Brasil estamos somente engatinhando neste sentido.

Voltando à questão principal deste artigo, “O que as marcas procuram? Audiência ou qualificação?”. Não há uma resposta certa para o que elas procuram. A única certeza é que, tanto para audiência como qualificação, as Ad Networks, os Portais e os Websites Verticais atenderão a essa demanda. Tudo dependerá do objetivo do anunciante e o que ele deseja quanto à audiência: qualidade ou quantidade?



Por Fernando Tassinari (diretor geral da Realmedia Latim America)
Fonte: PropMark (http://www.propmark.com.br/)

Google - A empresa do século XXI


Para mim, o que é de fato singular na Google é que ela é o protótipo da organização do século XXI. É orientada à informação e abastecida por knowledge work (trabalho que como ponto de partida utiliza a informação).

Não tenho uma opinião sobre quanto as ações dela deveriam valer ou se a empresa será bem-sucedida com outro grande produto para capitalizar a pesquisa e a propaganda. O que me impressiona é a abordagem da Google em management. Se você começasse a desenhar a organização ideal no novo milênio tomando como base que ela faz knowledge work, você provavelmente chegaria a algo parecido com a Google.

Se sua organização ideal fosse uma que se preocupasse em obter novas idéias e produtos de seus funcionários, então ela encorajaria bastante seu pessoal a gastar uma parte do tempo com inovação.

Você estaria ciente de que existiriam pequenas barreiras para encontrar inovações nos dias de hoje e deixaria os próprios clientes decidirem quais delas seriam de fato úteis a eles.

Se essa organização ideal se importasse com produtividade, você proveria uma gama de serviços, na maior parte gratuitos, para que seus funcionários pudessem se focar apenas no trabalho deles. Um desses serviços, por exemplo, seria prover uma alimentação atrativa e de alta qualidade na cafeteria, de forma que eles não se distrairiam procurando por locais para se alimentar.

Você faria uso intensivo da analytics (uso da matemática para tomada de decisões nos negócios) e levaria vantagem da vasta quantidade de dados a seu dispor.

Você contrataria, antes de mais anda, os profissionais de melhor qualidade, e concentraria seus esforços em determinar analiticamente o que “melhor qualidade” significa. Se você quisesse contratar e manter essas pessoas, você proveria um ambiente intelectual estimulante no trabalho e faria dele um local de trabalho divertido.

Você pensaria cuidadosamente sobre o ambiente tecnológico, mas também sobre o ambiente físico – porque o local de trabalho físico ainda é importante. Como as pessoas dessa organização ideal seriam espertas e “conectadas”, você pediria a elas que participassem de mercados onde a previsão é importante e de programas de sugestão on-line.

A Google, como você deve ter adivinhado, faz tudo isso. Claro, ela não é perfeita. Ela apenas permite que seus funcionários técnicos e gestores dediquem um tempo específico à inovação, de forma que é improvável que eles apareçam com inúmeras descobertas de processos de negócios não técnicos.

Ela também não conseguiu resolver como manter seus melhores talentos enquanto cresce e se torna uma grande organização. Alguns executivos importantes, por exemplo, abandonaram-na e foram para a Facebook ou alguma outra empresa.

O mundo seria um lugar melhor se a Google pudesse realizar seu objetivo de organizar toda a informação do mundo. Não vou prender minha respiração até isso ocorrer, mas estou contente que a Google esteja tentando alcançá-lo. Não posso pensar em outra organização hoje que esteja mais apta a atingir essa meta tão distante.

Fonte: Harvard Business Online
19/01/2009
Thomas O. Davenport é presidente da Information Technology and Management na Babson College e responsável pelo Process Management Research Center.

O Marketing Insustentável


Se fosse um animal, o marketing seria o camaleão. Está sempre procurando se adaptar às mutações do ambiente de negócios e consumo à sua volta. Agora mesmo uma parte do marketing está querendo se transformar em branding. Simultaneamente, tem muita gente se esforçando para provar que marketing tem tudo a ver com sustentabilidade.

Nada contra esse dinamismo natural e até genético do marketing. Nem contra a disposição de tantos profissionais da área para mudar e evoluir. Afinal, o mundo está no olho de um furacão de graves e profundas mudanças. Porém, se quer mesmo incorporar princípios de sustentabilidade e estar aberto para uma abordagem mais consistente das marcas (branding), é fundamental que o marketing, antes de mais nada, identifique com clareza o que é de fato insustentável nas suas orientações e práticas.

A intenção desse artigo é contribuir nesse sentido: localizar as bases da insustentabilidade que persistem no marketing defendido e praticado por especialistas e empresas, pois só assim será possível levar adiante, pela via da superação, a construção de um novo “ecossistema” em torno da disciplina.

Para tanto, aqui estão identificadas, do nosso ponto de vista, quatro limitações de abordagem que não mais se sustentam no marketing contemporâneo:

1. Não dá mais para “vender” apenas produtos e serviços. Por mais que o marketing tenha avançado para definições que se referem às experiências do consumidor (Schmidt) ou aos seus envolvimentos emocionais (Gobé), os produtos continuam exercendo um papel central, limitante e contaminador na fala e na ação dos marketeiros

Ora, uma das conseqüências mais visíveis da atual “revolução das comunicações” é aumentar a exposição das empresas e facilitar o acesso a elas. Isso tem feito com que as pessoas, diante de produtos e serviços cada vez mais parecidos ou até mesmo iguais, procurem a “diferença” na organização que está por trás deles. A marca institucional, que entra no verso da embalagem, que “assina embaixo e garante” um produto, passa a interessar mais e mais.

O marketing precisa estar sintonizado nesse movimento e dar um salto: tem que apresentar ou “vender” também as empresas e não somente os atributos, os benefícios ou as experiências de cada produto ou serviço. Tem que sair da prateleira da loja e mostrar a fachada inteira das organizações. Tem que ir além do posicionamento exclusivo de um serviço e tratar da promessa geral da empresa. Pode continuar falando de features e novidades tecnológicas específicas, mas sem deixar de realçar os valores corporativos.

Essa chancela corporativa da marca contribui para colocar as relações de consumo num patamar superior e ainda ajuda a dar um novo significado aos próprios produtos e serviços. A campanha “Viva positivamente” da Coca-Cola Brasil é o exemplo mais fresquinho de um marketing que revela uma nova postura das organizações.

2. Do outro lado do balcão (real ou virtual), o consumidor não está sozinho. Se o produto não pode aparecer mais sem vinculação com uma matriz corporativa, há mudanças necessárias também ao se abordar o cliente/consumidor.

A relação marketing/consumidor ora foi dominada pelo primeiro, ora pelo equilíbrio entre os dois e, há algum tempo, tem estado mais dominada pelo fortalecimento do cliente/ consumidor. Daí o esforço do marketing em abrir tantos call centers, SACs, ouvidorias e outros canais para deixar fluir a força e a razão dos que consomem e estão cada vez mais munidos de direitos.

No entanto, os professores John Balmer e Stephen Greyser, defensores do marketing corporativo, chamam a atenção para um outro giro necessário: mais do que o consumidor-cidadão-ativo, o marketing precisa levar em conta os demais stakeholders das empresas. Os acionistas, os colaboradores ou funcionários, as comunidades e outros públicos de interesse têm desejos e necessidades com influência crescente. Sem esquecer que, muitas vezes, o mesmo stakeholder desempenha dois ou três papéis: é colaborador, membro da comunidade e cliente ou é acionista e executivo da organização.

Essa rede cada vez mais articulada e poderosa de interesses tem que ser considerada. Olhando além dos desejos isolados dos consumidores e enxergando as motivações dos demais stakeholders, o marketing ajuda as organizações a enfrentarem um dos desafios básicos da sustentabilidade: como atender necessidades mais gerais do presente sem sacrificar a satisfação de necessidades de gerações futuras.

3. Relacionamento exige compromisso, confiança e continuidade. Entre os seus esforços de mudança, o marketing tem insistido muito na idéia do relacionamento, criando até ferramentas de gestão, como o CRM, e desdobramentos para aproximar-se desse ou daquele segmento (marketing esportivo, marketing “verde”, etc).

Mas, ao fazer isso, o marketing precisa comprometer-se mais para construir de fato relacionamentos produtivos e duradouros. É difícil acreditar em duração e compromisso com tantas trocas nas empresas: trocam-se os colaboradores (nas lojas, os vendedores duram menos que as coleções), troca-se a direção das empresas, trocam-se até nomes e marcas (quem dá conta de guardar a “árvore genealógica” das empresas de telefonia móvel?), tudo numa velocidade difícil de processar e absorver.

De um lado, os cortes de custos estão assumindo uma proporção de tamanho impacto nas empresas que acabam cortando também as conexões e os laços que unem as marcas com seus públicos. De outro, há uma grande confusão entre inovação permanente e alterações sucessivas e repentinas, entre surpreender e assustar.

Relacionamento mesmo pressupõe fidelidade, confiança, reciprocidade, equilíbrio. Estudo do Centro de Desenvolvimento do Varejo Responsável da Fundação Dom Cabral (FDC) mostra, por exemplo, a importância vital desses princípios para a sustentabilidade das relações de um varejo mais sadio. O marketing terá que investir nessa direção, compartilhando com os stakeholders todas as informações, situações e desafios que lhes digam respeito.

Relacionamento para valer exige do marketing uma atitude mais amistosa, mais consultiva e de maior colaboração. Um bom começo é abrir mão de vez das meias- verdades, dos conteúdos enganosos, de mensagens levianas e muitas vezes socialmente irresponsáveis. Em outras palavras, o marketing não pode ser mais uma embalagem que esconde, falseia ou altera o que vem dentro da caixa.

4. O marketing não se basta, exige integração e interdependência. Dentre outras descobertas, uma pesquisa concluída em 2008 pela Troiano Consultoria de Marca, que entrevistou 50 CEOs de empresas de destaque atuantes no Brasil, constatou o seguinte: os departamentos de marketing estão estruturados como “feudos”, estabelecendo poucas trocas e interfaces com áreas estratégicas das organizações empresariais. A conseqüência disso, como ponderam os próprios CEOs, é que o marketing não tem autoridade e gabarito para abordar a questão das marcas de forma mais ampla e corporativa, como vem se demonstrando necessário.

Esta é a era da interdependência, da organização por processos, da integração das equipes ou células. Não cabe mais o isolamento, a demarcação rigorosa de limites, a competência departamentalizada.

Por isso mesmo, uma das condições de sustentabilidade do marketing é romper com a sua autossuficiência e iniciar um processo de integração e troca com os RHs, os financeiros, as operações, as TIs e todas as outras áreas. Daqui em diante, todos os processos se comunicam, mesmo que mantenham suas especificidades.

Uma nova cultura sustentável exige uma abordagem transversal da marca em toda a organização, fazendo com que ela ganhe significado e tradução em todos os aspectos e dimensões. Como frisam as professoras Mary Jo Hatch e Majken Schultz, autoras do Taking Brand Initiative, a responsabilidade pela marca agora vai da alta direção da companhia “to every nook and cranny in the organization” e, além disso, alcança toda a rede de stakeholders que dão suporte à empresa.

Sintetizando, o marketing está diante de desafios mais estratégicos e estruturais. É preciso uma revisão profunda de seus objetos, sujeitos, argumentos e mensagens e de sua própria constituição. Só assim será possível mudar e evoluir e não realizar apenas acomodações de superfície ou retoques cosméticos. Diante dos novos tempos, mais que uma camuflagem ou qualquer outro truque camaleônico, o marketing precisa mudar a “alma” do seu negócio.

Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/3,10517,o-marketing-insustentavel.htm

terça-feira, 14 de julho de 2009

Brasileiro bate novo recorde de navegação na web


Em junho, o tempo de navegação por usuário cresceu 10,6% em relação ao mês anterior e alcançou 44 horas e 59 minutos, entre pessoas que usam a internet no trabalho ou em residências.

Navegaram em pelo menos um desses ambientes 33,2 milhões de pessoas, número 3,9% menor que os 34,5 milhões de maio. A informação é de pesquisa do Ibope Nielsen Online.

O número de pessoas com acesso à internet em casa ou no trabalho é de 44,5 milhões. Considerando somente os internautas residenciais, o tempo de navegação aumentou 8,1% e atingiu a marca inédita de 27 horas e 48 minutos por pessoa, superando o pico de 26 horas e 15 minutos que havia sido registrado em março de 2009.

O número de internautas ativos em residências manteve estabilidade em relação ao mês anterior e permaneceu em cerca de 25,6 milhões. A quantidade de pessoas que moram em domicílios em que há a presença de computador com internet é de 40,2 milhões.

Entre as dez subcategorias com maior tempo de navegação por pessoa, Portais registrou o maior aumento, ao crescer 22% em relação ao mês de maio, seguida por Ferramentas de Internet, que cresceu 20%, e por E-mail, que cresceu 16%.

Entre os dez países em que é realizada a pesquisa, o Brasil continua com o maior tempo por usuário, tanto na navegação em páginas quanto no tempo total, incluindo programas on-line.

Fonte: http://www.adnews.com.br/internet.php?id=91035

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Social Media Brasil 2009

Pessoal, muito interessante este slide sobre redes sociais. Esclarece bem as dúvidas e ajuda no planejamento mercadológico.

Case Tecnisa no Twitter

Muito interessante este case da Tecnisa no Twitter. Conheçam!!!

MC Donalds e a Era do Gelo



E enfim, o Mc Donald's fez uma divulgação da campanha promocional do filme "A Era do Gelo 3" relacionada ao seu famoso M.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Empreendedores do marketing

Eles não nasceram em berço de ouro, não estudaram nas melhores escolas do mundo dos negócios e a grande maioria desconhece as inúmeras teorias presentes no cenário do marketing. Em comum, eles têm o fato de transformar idéias simples em empreendimentos lucrativos. Confira como alguns empreendedores brasileiros conseguem colocar em prática estratégias que muitas vezes figuram apenas no planejamento de marketing das empresas.

Um feirante que se transformou no maior revendedor de produtos da Avon e da Natura. Um camelô que virou dono de um restaurante, de uma cafeteria e até de uma agência de marketing. E uma estudante de educação física que criou uma empresa de ginástica laboral e hoje emprega 20 profissionais. O que essas três histórias de sucesso têm em comum? O empreendedorismo aliado a inúmeras ferramentas de marketing, que muitas vezes são utilizadas de maneira intuitiva por esses empreendedores brasileiros.
O ex-feirante Guilherme Pólvora, o ex-camelô David Portes e a ex-universitária Iamara Ferres não nasceram em berço de ouro, não estudaram nas melhores escolas do mundo dos negócios e quando decidiram empreender, desconheciam completamente as teorias dos grandes nomes do mundo do marketing, como os 4 Ps de Philip Kotler, a teoria de administração de Peter Drucker ou ainda as cinco forças competitivas de Michael Porter. Mesmo assim, colecionam iniciativas de marketing inovadoras que vão de promoções diferenciadas a ações de endomarketing. “Hoje, a referência de sucesso não é mais o marketing praticado pelas grandes empresas e sim as estratégias utilizadas por esses empreendedores que trabalham com o que há de mais moderno no marketing, não de forma acadêmica, mas sim pela vivência de mercado. Tudo aquilo que demoramos anos para aprender na sala de aula eles fazem na prática. É o marketing de mercado”, comenta o consultor de marketing do Sebrae, Wlamir Bello. “Na literatura, existe uma gama enorme de definições para o marketing, mas a que mais se aproxima do mundo contemporâneo é ‘entender e atender o cliente’.”
Para ele, não existe outra categoria profissional que esteja mais em sintonia com o mercado do que o camelô. “Quando chove, o camelô vende guarda-chuva. Quando o São Paulo vence o campeonato, ele vende a camisa do time. Para profissionais como David Portes não tem crise porque, além de estar sempre atento às tendências de mercado, ele sabe que não pode errar.”
Entre os pontos positivos desse tipo de empreendimento citados por Bello está ainda a agilidade, já que o responsável pelo negócio toma as decisões ao mesmo tempo em que as implementa. “Nas pequenas e microempresas, os departamentos de marketing, financeiro, de pesquisa e atendimento ao cliente são áreas distintas presentes apenas na mente do empreendedor. Já na grande empresa existe todo um organograma que depende de muitas aprovações para a tomada de decisão”, compara o consultor do Sebrae. “O executivo tem como foco apresentar resultados para os investidores, o que faz com que o tal foco no cliente fique em segundo plano.”
Outro diferencial é o sistema de informação empresarial, um cadastro de clientes que permite ao pequeno empresário estudar o perfil de cada consumidor e ampliar seu faturamento a partir dessas informações. “O David tem um mailing de 5 mil clientes. Ele sabe desde a data de nascimento até as preferências de cada um, o que permite, por exemplo, o envio de um presente personalizado no dia do aniversário de determinado cliente”, explica Bello. “Não é só uma questão de intuição, mas sim de observação. Ele entendeu que muitas vezes o cliente não comprava seus produtos por falta de tempo, por isso implantou o sistema de delivery em sua banca de doces, com uma solução criativa: os pedidos eram feitos via celular.” Ele acrescenta ainda que como o cliente tem muita opção, hoje não basta apenas atender a sua necessidade, é preciso inovar para atrair a atenção do consumidor. “Antes as churrascarias vendiam apenas carnes. Hoje, vendem até comida japonesa, peixe e muita salada. Essa transformação no modelo de negócios não ocorreu por acaso.”
Mas Bello faz um alerta: são poucas as pequenas e microempresas brasileiras que mantêm seus mailings atualizados. Uma pesquisa do Sebrae feita com 450 micro e pequenas empresas (MPEs) aponta que 79% das vendas das MPEs são para o consumidor final, no entanto, apenas 37% das MPEs mantêm um cadastro atualizado de clientes, sendo que 46% das MPEs não possuem qualquer registro de seus consumidores e outras 16% têm um cadastro, mas está desatualizado. Resultado: embora realizem 79% das compras, os consumidores finais representam somente 68% do faturamento desses empreendimentos. “Conhecer o cliente e suas necessidades pode elevar o ticket médio, já que me permite entender porque, o que e com que periodicidade ele está comprando no meu estabelecimento. Uma pequena farmácia, por exemplo, cadastra o cliente e descobre que ele tem problema de pressão alta e acaba de comprar um medicamento para 30 dias, mas na receita estava indicado o uso frequente do medicamento. Uma das ações que o dono do negócio pode fazer é ligar para esse cliente 25 dias depois da compra e avisá-lo que o seu medicamento está prestes a acabar e que a farmácia preparou uma promoção especial para ele. Tudo para surpreender o cliente, que passará a fazer compras regulares nesse local.”
O levantamento do Sebrae mostra ainda que apenas 37% das empresas não investem em propaganda. Entre aquelas que investem, os canais mais utilizados são: jornais e revistas (19%); internet (16%); faixas e cartazes (16%); mala direta (14%); panfletos (12%), indicação boca a boca (12%); rádio e TV (11%); lista telefônica (7%); e telemarketing (7%). “O marketing tornou-se fundamental para as micro e pequenas empresas, porque o aumento da concorrência fez diminuir o alcance da divulgação boca a boca. Saímos da era da ditadura do vendedor e entramos na fase da ditadura de quem compra. Hoje, se vende menos, as margens são menores e o poder está na mão do cliente”, observa o consultor do Sebrae. “Mesmo pequeno, um empreendimento para crescer precisa investir de 5% a 10% de seu faturamento em ações de marketing.”
Para o professor da Trevisan Escola de Negócios, João Paulo Lara de Siqueira, esses empreendedores acertam mais do que muitos executivos, até porque, como costumava dizer Peter Drucker, marketing é habilidade de ver a empresa do ponto de vista do cliente – teoria que esse público acabou percebendo na prática. “Eles realmente se colocam no lugar do cliente e conseguem oferecer a solução certa para os problemas dos consumidores.”
Como exemplo, Siqueira cita o caso de Dona Dilma, uma senhora que deixou a profissão de empregada doméstica para iniciar sua carreira de empreendedora alugando óculos de sol e protetor solar na praia de Ipanema. No começo tinha apenas uma caixa de isopor, um saco de biscoito e uma garrafa d’água. Quase duas décadas depois, Dona Dilma conta com dois empregados e clientes fiéis que freqüentam sua barraca na orla carioca. “Por estar em contato direto com o público, esse tipo de profissional consegue desenvolver estratégias que realmente atendem as necessidades dos clientes.”
Para prosperar, empreendedores como Dona Dilma, Guilherme Pólvora, David Portes e Iamara Ferres desenvolveram uma fórmula que mescla criatividade, simpatia, marketing de relacionamento e muita promoção. De acordo com a pesquisa do Sebrae, a qualidade no atendimento (80%) é a principal estratégia de venda das micro e pequenas empresas, seguida do preço baixo (44%) e da variedade de produtos (42%). “Muitos desses empreendedores conseguem administrar o crescimento dos negócios, mas não possuem embasamento teórico para aplicar a mesma fórmula no departamento de marketing de uma grande empresa”, salienta Siqueira.
Nesta reportagem, você confere como o ex-feirante Guilherme Pólvora, o ex-camelô David Portes e a ex-universitária Iamara Ferres utilizaram o marketing para ter sucesso em seus empreendimentos.

Fonte: http://www.revistamarketing.com.br/materia.aspx?m=201

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Construa pontes, em vez de paredes

Você, provavelmente, é um líder 90 graus. Não se assuste. Não se trata de nenhum rótulo pejorativo. Como eu, você também foi educado para liderar as pessoas que fazem parte da sua equipe, aquelas que se subordinam a você dentro da empresa onde trabalha. Aprendemos a focar para “dentro” e para “baixo”, como se a empresa tivesse paredes e como se seu capital intelectual fosse sinônimo do quadro de funcionários.

A nova realidade empresarial também está deixando claro que os resultados residem mais no “lado de fora” que no “lado de dentro” das empresas. A competitividade de uma empresa não é construída mais apenas dentro das suas paredes. Encontra-se também na sua conectividade com seus clientes, distribuidores, fornecedores, parceiros, formadores de opinião, investidores, legisladores, comunidade onde opera, enfim com todos aqueles agentes da rede de criação de valor da empresa.

Não dá mais para o líder ficar confinado às “paredes” do seu território formal, comandando apenas sua equipe de subordinados dentro da empresa. Seria continuar sendo apenas um líder 90 graus!
O líder 360 graus atua onde faz diferença. Exerce a liderança também fora da empresa, para cima e para os lados. Não influencia somente quem está do lado “de dentro” numa família, empresa, escola, hospital. Sabe que precisa exercer a liderança perante clientes, parceiros e comunidades. Cuida de perto dos canais de distribuição de seus produtos e serviços.

Precisa, às vezes, intervir em operações de seus fornecedores para que esses garantam o padrão de qualidade e custo requerido para aumentar a competitividade de seu negócio. Precisa influenciar as associações no setor em que atua. Algumas vezes tem que articular com líderes comunitários para que a empresa exerça uma eficaz cidadania corporativa. Em poucas palavras, o líder 360 graus é um construtor de pontes entre a empresa e todos os atores da ecologia do seu negócio, em vez de, como no passado, ser um construtor de paredes que separou a empresa dos seus clientes e isolou-a da sociedade.

O líder 360 graus consegue liderar também para “cima”. Numa empresa, significa influenciar seu chefe, os diretores, o presidente, os acionistas, enfim, todos aqueles que, na escala de poder, ocupam posição hierárquica superior. Isso requer coragem, ousadia, iniciativa, criatividade. No dia a dia, implica levar propostas de decisões para esses escalões, em vez de ficar esperando que venham ordens prontas para serem implantadas.

Está sempre ligado em oportunidades. A filha líder influencia o pai. O jogador influencia o treinador da equipe. O verdadeiro líder também consegue articular e obter sinergia de seus pares, isto é, lidera também para os “lados”. Exibe empatia, tem capacidade de levar em consideração os sentimentos dos outros na hora de tomar decisões. Comanda pessoas de outras áreas.

O líder 360 graus é um integrador, constrói coalizões. Aglutina as pessoas quer seja na família, no clube, na vizinhança, no trabalho. Estimula e premia a colaboração entre pessoas de áreas diferentes. Obtém sinergia no todo de uma organização e também fora dela, somando forças. Administra relacionamentos e cria redes. Sai mais do escritório. Convive bastante com os pontos de vendas que lidam com os consumidores de seus produtos e serviços, estimulando-os as serem mais coerentes com os valores de sua empresa.

Em conversas que tive com dezenas de líderes em 5 continentes -- ao longo dos 20 anos em que exerci posições de liderança no mercado internacional ajudando uma empresa brasileira a se multinacionalizar - a esmagadora maioria revelou-me que um dos principais motivos do seu sucesso como líder foi ter atuado onde era necessário, construindo pontes eficazes e superando a visão míope que os tinha condicionado a pensar a liderança como sinônimo de comandar equipes de subordinados.

Não fique aí parado! Tire suas idéias da cabeça e coloque-as no papel. Liste 5 oportunidades onde você pode começar a agir ainda hoje, iniciando a transição para ser um líder 360 graus, tornando-se um construtor de pontes na sua empresa, em casa e no seu dia-a-dia!

Por César Souza (presidente da Empreenda, empresa de consultoria em estratégia, marketing e recursos humanos, além de autor e palestrante)

Fonte: http://br.hsmglobal.com/notas/53068-construa-pontes-em-vez--paredes

O manual do guerrilheiro

No mês passado, 3 000 pessoas se reuniram no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, num protesto organizado por um certo Movimento dos Sem Namorados. Uma passeata nos mesmos moldes havia sido realizada dois dias antes no Rio de Janeiro, levando 500 pessoas a caminhar pelas ruas do centro da cidade em plena sexta-feira, protestando contra o fato de estarem sem um par a poucas semanas do Dia dos Namorados. As manifestações eram, na verdade, uma ação de marketing do site de relacionamento ParPerfeito. Duas semanas antes, a empresa carioca Biruta Mídias Mirabolantes, especializada em ações inusitadas, havia recebido do site a missão de elaborar uma campanha para o Dia dos Namorados com apenas 60 000 reais. Com esse dinheiro, não se compra mais do que um quarto de página de espaço publicitário num jornal de grande circulação. Mas as passeatas renderam mais de 300 matérias de TV, rádio, jornal e internet, o equivalente a 10 milhões de reais em mídia espontânea.

A ação foi um dos mais bem-sucedidos casos de marketing de guerrilha, como são chamadas essas ações promocionais realizadas nas ruas, quase sempre envolvendo o uso da internet, com baixo investimento e que buscam a repercussão por meio do bom e velho boca a boca. A tática de guerrilha se enquadra na categoria do marketing que os americanos definem como bellow the line - ou seja, ações paralelas à publicidade tradicional, voltada para a comunicação de massa. "O marketing de guerrilha se tornou uma opção a mais numa categoria que envolve atividades como eventos, promoções em ponto de venda, e até mesmo ao outdoor, que depois de proibido em São Paulo cedeu espaço a outras iniciativas de baixo custo", diz Rafael Liporace, sócio da Biruta. O número de ações realizadas pela agência reflete essa súbita procura. A Biruta deve fechar 2009 com 270 ações, ante as 88 realizadas em 2006.

As empresas que investem em marketing de guerrilha se dividem basicamente em dois grupos. O primeiro reúne companhias sem recursos para investir em propaganda tradicional. É o caso do site ParPerfeito, que usa basicamente anúncios na internet para se promover e agora busca projeção além dos limites da web. No segundo grupo estão empresas com tradição em investimentos em publicidade convencional mas que procuram diversificar as formas de atingir os consumidores. É o caso da Cadbury Adams, gigante global de chocolates, balas e gomas de mascar. Em novembro, a empresa estreou na guerrilha com uma ação um tanto quanto bizarra promovida pela agência paulista Espalhe para a marca Trident. Para divulgar uma versão da goma de mascar cujo sabor dura mais tempo, o ator Cauã Reymond foi contratado para fazer um filme em que mascava um chiclete durante 15 minutos. O filme foi levado ao ar num site da internet e o chiclete mascado acabou leiloado para fãs interessadas em confirmar se o sabor havia resistido à sessão de mastigação do ator. Foi arrematado por 349 reais. Logo depois, a Cadbury partiu para uma segunda ação, batizada de Speed Dating. Na ação, o metrô de Porto Alegre foi fechado na noite do último dia 20 de junho para realizar o primeiro encontro de 48 casais selecionados por um site de relacionamento montado para a campanha. "São iniciativas pontuais, relativamente restritas, mas que chamam muito a atenção", diz Emilia Bertolli, porta-voz da Cadbury no Brasil.

Da mesma forma que a Cadbury Adams, grandes anunciantes, como Claro, Shell, Gafisa, Cyrela e SulAmérica, descobriram a guerrilha como um recurso extra para reforçar suas marcas (veja quadro). No entanto, produzir ações desse tipo requer cuidados. Normalmente, as ações de guerrilha são planejadas em conjunto com a agência de publicidade responsável pela propaganda das empresas. No caso da carioca Biruta, por exemplo, 60% dos projetos são feitos sob encomenda das agências. Isso permite um alinhamento entre as ações relativamente anárquicas dos guerrilheiros e a linha geral do marketing. Uma ação de guerrilha mal planejada ou conduzida de forma amadora pode resultar em desastres para a imagem. Recentemente, o Greenpeace promoveu uma ação de guerrilha no vão central da ponte Rio-Niterói. Realizada de forma clandestina e sem autorização oficial, a ação provocou um engarrafamento de 5 quilômetros nos acessos à ponte e protestos indignados de motoristas contra a entidade em sites como Twitter e Orkut. Em sua afoiteza por aparecer, os verdes do Greenpeace violaram um princípio básico do manual do guerrilheiro: a falta de estratégia é um erro fatal.

Fonte: http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0946/marketing/manual-guerrilheiro-479109.html